Luto
Especialistas indicam destino correto quando ocorre morte de pet
Por lei, enterro do bichinho em quintal ou outro terreno é ilegal, e pode gerar sanções
Foto: Volmer Perez - DP - Na hora da despedida, cremação é uma saída indicada
Cada vez mais os animais domésticos se tornam uma companhia no dia a dia, e muitas vezes, esse animalzinho acaba sendo tratado como se fosse mais um membro da família. Por isso, é tão doloroso para um tutor ter que lidar com a perda desse bichinho, fazendo deste um momento muito difícil, e as complicações que provêm deste período incluem, por exemplo, o destino do corpo do pet.
De acordo com a médica veterinária Caroline Lunkes, a escolha pela finalidade incorreta dos restos mortais dos animais é um problema antigo em Pelotas. "A maioria dos tutores optam por enterrar no próprio pátio ou em terreno baldio, o que todo mundo sabe que não é o ideal", aponta. A veterinária diz que o destino mais correto para os corpos dos bichinhos é a cremação, mas entende que por conta dos custos que envolvem este método, muitas pessoas não têm condições de pagar. "Também, uma das empresas que a gente (clínica) paga mensalmente para coletar lixos cortantes e lixos biológicos, que toda clínica produz, agora mandou e-mail anunciando que vão fazer coleta também de corpos de bichinhos já mortos", cita Caroline. Na avaliação da veterinária, provavelmente, o destino destes pets também é a cremação.
De qualquer modo, a maneira de proceder frente à morte do animalzinho, é procurar pela destinação correta em serviços públicos, cemitérios especializados ou empresas específicas. Em Pelotas, uma das empresas que faz este trabalho é a Angelus Pet. Segundo a responsável pelo crematório, Adriane Pires, o projeto nasceu da demanda da própria população que solicitava o do trabalho de conformação do luto feito pela empresa também abrangesse seus pets.
O que fazer com o corpo?
Adriane diz que logo após a notícia do óbito do pet, sempre acaba surgindo uma preocupação relacionada ao destino que o tutor vai dar àquele corpo. É importante que se entenda que os procedimentos tomados com animais não se distanciam do que é feito com as pessoas. "Seguindo os mesmos passos do que acontece com os humanos, os pets já dispõe de cemitérios e serviços de cremação em um grande número de cidades do País. Essa alternativa tem se popularizado cada vez mais devido à consciência do destino adequado do corpinho quanto da necessidade de simbolizar a morte e oferecer um direcionamento digno aos nossos pets", assegurou.
Prefeitura não oferece o serviço
Segundo o secretário de Qualidade Ambiental, Eduardo Schaefer, a Prefeitura não oferece o serviço de recolhimento do animal, ficando a cargo de cada tutor o correto tratamento e destino do corpo do animal. Ele diz que o Município cobre "Apenas as mortes que ocorrem no canil e gatil municipal, então os animais são enviados para o HCV da UFPel, que possui contrato com empresa terceirizada que realiza o recolhimento e destino correto".
Os animais não podem ser enterrados em pátios, terrenos ou outros locais públicos e privados sem licenciamento ambiental para tal. Tal ação poderá ser enquadrada nos artigos 61 e 62 do decreto Nº 6.514, de 22 de julho de 2008 que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.
Escolha digna
Em dezembro, a Negrinha, cachorrinha do irmão de Fernanda Albuquerque Vaz, sofria com um problema cardíaco que se agravou. Ela era o bichinho de estimação do irmão de Fernanda e já estava com 14 anos. A mulher conta que quando veio a notícia do óbito não foi fácil encarar, principalmente por se tratar da perda de alguém tão amado pela família. Eles, então, conversaram juntos e decidiram pelo crematório, já que era o meio mais correto e digno de se despedirem do animal. "Há muito tempo ansiava por um crematório aqui para dar um caminho digno e correto aos restos mortais dos pets", afirmou.
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